- Fundamentos da Ethereum
- De onde vem o Ether?
- Primeiros passos com a Ethereum
- Escalabilidade, ETH 2.0 e o Futuro da Ethereum
- Ethereum e as Finanças Descentralizadas (DeFi)
- Participando da Rede Ethereum
Conteúdo
Ethereum é uma plataforma de computação descentralizada. Pode ser entendida como se fosse um computador, mas não é executada em um único dispositivo. Em vez disso, ela roda simultaneamente em milhares de máquinas em todo o mundo, o que significa que não existe um dono.
A Ethereum, como a
Bitcoin e outras criptomoedas, possibilita a transferência de dinheiro digital. No entanto, ela é capaz de muito mais – você pode implementar seu próprio código e interagir com aplicativos criados por outros usuários. Graças à sua flexibilidade, qualquer tipo de programa sofisticado pode ser executado na Ethereum.
Simplificando, a principal ideia por trás da Ethereum é que os desenvolvedores podem criar e lançar códigos que são executados em uma rede distribuída e não em um servidor centralizado. Isso significa que, em tese, esses aplicativos não podem ser desativados ou censurados.
Pode não ser algo intuitivo, mas as unidades usadas na Ethereum não são chamadas de Ethereum ou Ethereums. Ethereum é o protocolo em si, mas a moeda que o alimenta é conhecida como ether (ou ETH).
Mencionamos que a Ethereum pode executar códigos em um sistema distribuído. Ou seja, os programas não podem ser adulterados por terceiros. Eles são adicionados ao banco de dados da Ethereum (a
blockchain) e podem ser programados para que não seja possível a alteração do código. Além disso, o banco de dados é visível para todos, para que os usuários possam auditar o código antes de interagir com ele.
O que isso significa é que qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode executar aplicações que não podem ser alteradas para offline. Além disso, como sua unidade nativa – ether – armazena valor, essas aplicações podem definir condições de como o valor é transferido. Chamamos os programas que compõem aplicativos de
contratos inteligentes. Na maioria dos casos, eles podem ser configurados para operar sem nenhuma intervenção humana.
É compreensível que esta ideia de “dinheiro programável” tem cativado usuários, desenvolvedores e empresas de todo o mundo.
A
blockchain é o coração da Ethereum – é o banco de dados que mantém as informações usadas pelo protocolo. Se você leu nosso artigo
O que é Bitcoin?, já tem um entendimento básico de
como funciona uma blockchain. A blockchain da Ethereum é semelhante à da Bitcoin, embora os dados que ela armazena – e a maneira como armazena – sejam diferentes.
Pode ser mais fácil pensar na blockchain da Ethereum como um livro ao qual você continua adicionando páginas. Cada página é chamada de
bloco e é preenchida com informações sobre transações. Quando queremos adicionar uma nova página, precisamos incluir um valor especial na parte superior da página. Esse valor deve permitir que qualquer pessoa veja que a nova página foi adicionada
após a página anterior e não apenas inserida no livro aleatoriamente.
Essencialmente, é como o número de uma página que faz referência à anterior. Ao olhar para a nova página, podemos dizer, com certeza, que ela é a continuação da anterior. Para isso, usamos um processo chamado de
hashing.
O hashing pega um conjunto de dados – nesse caso, tudo que está contido em nossa página – e retorna um identificador exclusivo (nosso
hash). As chances de dois dados nos fornecerem o mesmo hash são astronomicamente baixas. Além disso, é um processo de mão única: você pode calcular facilmente um hash, mas é praticamente impossível reverte-lo para obter as informações usadas em sua criação. Em um capítulo posterior, abordaremos por que isso é importante para a mineração.
Agora, temos um mecanismo para vincular nossas páginas na ordem correta. Qualquer tentativa de alterar a ordem ou remover as páginas deixará claro que nosso livro foi adulterado.
A
Bitcoin depende da tecnologia blockchain e de incentivos financeiros para criar um sistema global de dinheiro digital. Ela introduziu algumas inovações importantes que permitem a coordenação de usuários em todo o mundo, sem a necessidade de um comando central. Ao fazer com que cada participante execute um programa em seu computador, a Bitcoin permite que os usuários cheguem a um acordo em relação ao estado de um banco de dados financeiro em um ambiente descentralizado e sem necessidade de confiança.
A Bitcoin é geralmente considerada a blockchain da primeira geração. Não foi criada como um sistema extremamente complexo, o que é um ponto positivo quando se trata de segurança. É um sistema que se mantém inflexível, intencionalmente, para priorizar a segurança em sua camada base. Na verdade, a linguagem de contrato inteligente da Bitcoin é extremamente restrita e não acomoda muito bem as aplicações que estão fora das transações.
A segunda geração de blockchains, por outro lado, é capaz de mais. Além das transações financeiras, essas plataformas permitem um grau de programação de maior complexidade. A Ethereum oferece aos desenvolvedores muito mais liberdade para experimentar seus próprios códigos e criar o que chamamos de
Aplicações Descentralizadas (DApps).
A Ethereum foi a primeira da blockchain da segunda geração e continua sendo a mais proeminente até hoje. Possui semelhanças com a Bitcoin e pode executar várias das mesmas funções. Mas na realidade, as duas são muito diferentes e cada uma tem suas próprias vantagens e desvantagens.
Poderíamos definir a Ethereum como uma
máquina de status. Isso significa que, a qualquer momento, você tem um
snapshot (uma informação instantânea) de todos os saldos da conta e contratos inteligentes, mostrando como eles estão atualmente. Certas ações farão com que o status seja atualizado, o que significa que todos os nós atualizam seu próprio snapshot para divulgar a alteração.
Uma transação no status da Ethereum.
Os
contratos inteligentes executados na Ethereum são acionados por transações (de usuários ou de outros contratos). Quando um usuário envia uma transação para um contrato, todos os nós da rede executam o código do contrato e registram o output (saída). Isso é feito usando a
Ethereum Virtual Machine (EVM), que converte os contratos inteligentes em instruções que o computador pode ler.
Para atualizar o status, um mecanismo especial chamado de
mineração é usado (por enquanto). A mineração é feita com o algoritmo
Proof of Work, semelhante ao da Bitcoin. Entraremos em mais detalhes sobre isso em breve.
Um
contrato inteligente é apenas código. O código não é inteligente nem é um contrato no sentido tradicional. Mas chamamos de inteligente porque ele é executado sob certas condições e pode ser considerado um contrato, já que faz cumprir acordos entre as partes.
O cientista da computação Nick Szabo pode ser creditado com a ideia, que ele propôs no final dos anos 90. Ele usou o exemplo de uma máquina de venda automática para explicar o conceito, afirmando que poderia ser visto como um precursor do contrato inteligente moderno. No caso de uma máquina de venda automática, existe um contrato simples sendo executado. Os usuários inserem moedas e em troca, a máquina entrega o produto escolhido.
Um contrato inteligente aplica esse tipo de lógica em um cenário digital. Você pode especificar algo simples no código como retornar “Olá, mundo!” quando duas ether forem enviados para este contrato.
Na Ethereum, o desenvolvedor codificaria isso para que mais tarde pudesse ser lido pela EVM. Eles então publicam enviando-o para um endereço especial que registra o contrato. Nesse ponto, qualquer um pode usá-lo. E o contrato não pode ser excluído, a menos que uma condição seja especificada pelo desenvolvedor durante sua confecção.
Agora, o contrato tem um
endereço. Para interagir com ele, os usuários precisam enviar 2 ETH para esse endereço. Isso acionará o código do contrato – todos os computadores da rede irão executar, verificar se o pagamento foi feito e registrar seu output (
“Olá, mundo!”).
O que foi descrito acima é talvez um dos exemplos mais básicos do que pode ser feito com a Ethereum. Aplicativos mais sofisticados que conectam muitos contratos podem ser – e já foram – criados.
Em 2008, um desenvolvedor desconhecido (ou grupo de desenvolvedores) utilizando o pseudônimo
Satoshi Nakamoto, publicou o white paper da
Bitcoin. Isso mudou completamente o cenário do dinheiro digital. Alguns anos depois, um jovem programador chamado Vitalik Buterin imaginou uma maneira de levar essa ideia adiante e aplicá-la a qualquer tipo de aplicação. O conceito se expandiu até o surgimento da Ethereum.
A Ethereum foi proposta por Buterin em uma
publicação no blog de 2013, intitulada
Ethereum: The Ultimate Smart Contract and Decentralized Application Platform. Em seu post, ele descreveu uma ideia de blockchain
Turing-complete – um computador descentralizado que, com tempo e recursos suficientes, poderia executar qualquer aplicativo.
Com o tempo, os tipos de aplicações que poderiam ser implantadas em uma blockchain seriam limitadas apenas pela imaginação dos desenvolvedores. A Ethereum tem como objetivo descobrir se a tecnologia blockchain tem usos válidos fora das limitações de design intencionais da
Bitcoin.
A Ethereum foi lançada em 2015 com um fornecimento inicial de 72 milhões de ether. Mais de 50 milhões desses tokens foram distribuídos em uma
venda pública de tokens chamada de
Initial Coin Offering (ICO) , onde aqueles que desejavam participar podiam comprar tokens ether em troca de bitcoins ou moeda fiduciária.
Com a Ethereum, formas totalmente novas de colaboração aberta através da
Internet tornaram-se possíveis. Vamos considerar, por exemplo, as DAOs (
centralized autonomous organizations), que são entidades governadas por códigos de computador, semelhantes a um programa de computador.
Uma das primeiras e mais ambiciosas tentativas de organização desse tipo foi a “The DAO”. Teria sido composta de contratos inteligentes complexos, executados sobre a Ethereum, funcionando como um fundo de risco autônomo. Os tokens da DAO foram distribuídos em uma
ICO e deram uma participação acionária, juntamente com direitos de voto, aos detentores de tokens.
Pouco depois do seu lançamento, no entanto, agentes mal-intencionados exploraram uma vulnerabilidade da DAO e roubaram quase um terço de seus fundos. Vale lembrar que, naquela época, 14% de todo o suprimento de ether estava travado na DAO. Obviamente, este foi um evento devastador para a ainda inexperiente rede Ethereum.
Após algumas discussões, a cadeia sofreu um
hard fork, se separando em duas novas cadeias. Em uma delas, as transações maliciosas foram efetivamente “revertidas” para restaurar os fundos – essa cadeia é agora conhecida como a blockchain Ethereum. A cadeia original, onde as transações não foram revertidas e a
imutabilidade foi mantida, agora é conhecida como
Ethereum Classic.
O evento serviu como uma dura lição sobre os riscos dessa tecnologia e mostrou como confiar grandes quantias em um código autônomo pode ser perigoso. Foi também um exemplo interessante de como pode ser difícil a tomada de decisões coletivas em um ambiente aberto. Porém, foi negligenciando suas vulnerabilidades de segurança que a DAO ilustrou perfeitamente o potencial dos contratos inteligentes, ao permitir a colaboração
trustless (sem necessidade de confiança) em larga escala na
Internet.
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Falamos brevemente sobre a mineração. Se você já está familiarizado com a
Bitcoin, sabe que o processo de mineração é essencial para
proteger e atualizar a blockchain. Na Ethereum, o mesmo princípio é válido: para recompensar os usuários que mineram (que é um processo caro), o protocolo distribui ether.
Ao contrário da
Bitcoin, o cronograma de emissão de tokens da Ethereum, intencionalmente, não foi decidido no lançamento. A Bitcoin se propôs a preservar o valor, limitando sua oferta e
diminuindo lentamente a criação de novas moedas. A Ethereum, por outro lado, visa fornecer uma base para aplicativos descentralizados (DApps). Como ainda não está claro qual o tipo de programação de emissão de tokens se encaixa melhor nesse objetivo, essa questão permanece em aberto.
A mineração é fundamental para a segurança da rede. Ela garante que a blockchain possa ser atualizada de forma justa e permite que a rede funcione sem um único responsável pelas tomadas de decisão. Na mineração, um subconjunto de nós (apropriadamente chamado de mineradores) dedica poder computacional à resolução de um enigma criptográfico.
O que eles fazem, na realidade, é misturar um conjunto de transações pendentes com outros dados. Para que o bloco seja considerado válido, o hash precisa ficar abaixo de um valor definido pelo protocolo. Se não der certo, eles podem modificar alguns dos dados e tentar novamente.
Para competir com os outros, os mineradores precisam, portanto, ser capazes de fazer o hash o mais rápido possível – medimos seu poder através da
hash rate (taxa de hash). Quanto maior a taxa de hash na rede, mais difícil será a resolução do enigma criptográfico. Somente os mineradores precisam encontrar a solução real – uma vez conhecida, é fácil para todos os outros participantes verificar se a solução é válida.
Como você pode imaginar, hashing contínuo em alta velocidade é um processo caro. Para incentivar os mineradores a proteger a rede, eles recebem uma recompensa, composta de todas as taxas de transações do
bloco. Eles também recebem ether recém-criado – 2 ETH no momento da consolidação.
Lembra do nosso contrato Olá, Mundo! anterior? Foi um programa fácil de executar. Não foi algo caro computacionalmente. Mas você não está executando apenas no seu PC – você está pedindo a todos no ecossistema Ethereum para executá-lo também.
Isso nos leva à seguinte pergunta: o que acontece quando milhares de pessoas estão executando contratos sofisticados? Se alguém configura seu contrato para continuar repetindo o mesmo código, todos os nós precisam executá-lo indefinidamente. Isso sobrecarregaria os recursos e o provavelmente resultaria em um colapso do sistema.
Felizmente, a Ethereum introduziu o conceito de
gás para mitigar esse risco. Assim como um carro não funciona sem combustível, os contratos não podem ser executados sem o gás. Os contratos definem uma quantidade de gás que os usuários devem pagar para que sejam executados com êxito. Se não houver gás suficiente, o contrato será interrompido.
Essencialmente, é um mecanismo de taxas. O mesmo conceito se estende às transações: os mineradores são motivados principalmente pelo lucro, por isso pode ser que eles ignorem transações com taxas mais baixas.
Observe que ether e gás não são a mesma coisa. O preço médio do gás varia e é estabelecido principalmente pelos mineradores. Ao fazer uma transação, você paga pelo gás em ETH. É como as taxas da
Bitcoin – se a rede estiver congestionada e muitos usuários estiverem tentando fazer transações, o preço médio do gás provavelmente aumentará. Por outro lado, se não houver muita atividade, ele diminuirá.
Apesar de haver variação no preço do gás, toda operação possui uma quantidade fixa de gás necessária. Isso significa que contratos complexos consumirão muito mais do que uma transação simples. Sendo assim, gás é uma medida do poder computacional. Ele garante que o sistema possa fornecer taxas apropriadas aos usuários, dependendo do uso dos recursos da Ethereum.
O gás geralmente custa uma fração de ether. Por isso, usamos uma unidade menor (
gwei) para denotá-la. Um
gwei corresponde a um bilionésimo de ether.
Resumindo, você poderia executar um programa que faz loops por um longo período. Mas em pouco tempo, a execução desse programa se tornará muito cara. É por isso que os nós na rede Ethereum podem mitigar o spam.
Preço médio de gás em gwei ao longo do tempo. Fonte: etherscan.io
Suponha que Alice esteja fazendo uma transação para um contrato. Ela calcularia quanto ela quer gastar com gás (por exemplo, usando
ETH Gas Station). Ela pode definir um preço mais alto para incentivar os mineradores a incluir sua transação o mais rápido possível.
Mas ela também definirá um
limite de gás, que serve para protegê-la. Algo pode dar errado com o contrato, fazendo com que ele consuma mais gás do que ela planeja. O limite de gás é estabelecido para garantir que, uma vez que a quantidade
x seja utilizada, a operação será interrompida. O contrato falhará, mas Alice não acabará pagando mais do que inicialmente concordou em pagar.
Inicialmente, pode parecer um conceito difícil de entender. Não se preocupe – você pode definir o preço que está disposto a pagar pelo gás (e o limite de gás) manualmente, mas a maioria das carteiras cuidará disso por você. Em suma, o preço do gás define a rapidez com que os mineradores validam sua transação e o limite de gás define o valor máximo que você pagará por isso.
O tempo médio necessário para que um novo bloco seja adicionado à cadeia varia entre 12 e 19 segundos. Provavelmente, isso irá mudar assim que a rede fizer a transição para
Proof of Stake, que visa, entre outras coisas, diminuir o tempo necessário para cada bloco. Se quiser saber mais sobre isso, consulte o
Guia Ethereum Casper.
Grande parte do apelo da Ethereum é a capacidade de os usuários criarem seus próprios ativos on-chain (na cadeia), que podem ser armazenados e transferidos como o ether. As regras são definidas em contratos inteligentes, permitindo que os desenvolvedores definam parâmetros específicos em relação aos seus tokens. Isso pode incluir quantos serão emitidos, como serão emitidos, se são divisíveis, se cada um é
fungível e muitos outros parâmetros. O mais proeminente dos padrões técnicos que permitem a criação de tokens na Ethereum é chamado de
ERC-20 – e é por isso que são tokens conhecidos popularmente como tokens ERC-20.
A funcionalidade do token fornece aos usuários inovadores um vasto campo para experimentar aplicativos de ponta em finanças e tecnologia. Desde a emissão de tokens uniformes que servem como moedas no aplicativo, até a produção de tokens únicos atrelados a ativos físicos, existe uma grande flexibilidade de design. É perfeitamente possível que alguns dos melhores casos de uso para criação fácil e simplificada de tokens ainda não sejam conhecidos.
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Como comprar ETH com cartão de crédito/débito
A Binance permite que você compre ETH direto de seu navegador, de forma muito simples. Para fazer isso:
- Acesse a página de Compra e Venda de Criptomoedas.
- Selecione a criptomoeda que deseja comprar (ETH) e a moeda que deseja utilizar para pagamento.
- Faça o login na Binance ou registre-se se ainda não tiver uma conta.
- Selecione o método de pagamento.
- Caso seja solicitado, insira os detalhes do seu cartão e conclua o processo de verificação de identidade.
- Pronto! Suas ETH serão depositadas em sua conta da Binance.
Como comprar ETH em mercados peer-to-peer
Você também pode comprar e vender ETH em mercados peer-to-peer. Isso permite que você compre moedas de outros usuários, diretamente do
aplicativo de celular da Binance. Para fazer isso:
- Abra o aplicativo e acesse sua conta.
- Selecione Compra e venda com um clique e depois toque na aba Comprar no canto superior esquerdo da tela.
- Aparecerão algumas opções de ofertas – toque em Comprar na oferta que preferir.
- Você pode pagar com outras criptomoedas (na aba Crypto) ou com moeda fiduciária (na aba Fiat).
- Em seguida, você deverá selecionar o método de pagamento. Escolhe a melhor opção para você.
- Selecione Comprar ETH.
- Agora você deve concluir o pagamento. Quando terminar, selecione Marcar como pago e confirme.
- A transação será concluída quando o vendedor enviar suas moedas.
Ao contrário da
Bitcoin, a proposta da Ethereum não é de ser usada apenas como uma rede de criptomoedas. É uma plataforma para construção de
aplicativos descentralizados e, como um token negociável, o ether é o combustível desse ecossistema. Portanto, a principal característica do ether é sem dúvidas a utilidade que ele fornece para a rede Ethereum.
Considerando isso, o ether também pode ser usado de maneira semelhante à moeda tradicional, o que significa que você pode comprar bens e serviços com ETH, assim como com qualquer outra moeda.
Mapa de calor de varejistas que aceitam o ether como pagamento. Fonte: cryptwerk.com/coinmap
As pessoas podem usar a moeda nativa da Ethereum, ETH, como dinheiro digital ou como
colateral (garantia). Muitos também a veem como uma
reserva de valor, semelhante à Bitcoin. Ao contrário da
Bitcoin, no entanto, a blockchain Ethereum é mais programável, então existem muito mais possibilidades com a ETH. A Ethereum pode ser usada como componente vital para aplicações financeiras descentralizadas, mercados descentralizados, exchanges, jogos e
muitos mais.
Como não há bancos envolvidos, você é o responsável por seus próprios fundos. Você pode armazenar suas moedas em uma
exchange ou em sua própria
carteira. É importante observar que, se você usa sua própria carteira, é fundamental que você cuide da sua
seed phrase. Mantenha-a segura, pois você irá precisar dela para restaurar seus fundos, caso perca o acesso à sua carteira.
Depois que os dados são adicionados à blockchain Ethereum, é quase impossível alterá-los ou removê-los. Isso significa que, quando você faz uma transação, ela não pode ser desfeita. Por isso, você deve sempre verificar se está enviando fundos para o
endereço correto. Se estiver enviando uma grande quantia, talvez seja uma boa ideia enviar uma quantia pequena primeiro, para ter certeza de que está enviando para o endereço certo.
Em 2016, devido a uma invasão em um contrato inteligente, a Ethereum sofreu um
hard fork (bifurcação), onde as transações maliciosas foram efetivamente "revertidas". Isso, no entanto, foi uma medida extrema para um evento excepcional, que não ocorre normalmente.
Não. Todas as transações adicionadas à blockchain Ethereum são publicamente visíveis. Mesmo que seu nome verdadeiro não conste no seu endereço Ethereum, um usuário pode associá-lo à sua identidade por outros métodos.
Como é um ativo
volátil, você pode ganhar dinheiro com a ETH, mas também pode perder dinheiro com ela. Alguns usuários podem manter o ether a longo prazo, apostando que a rede pode se consolidar como uma plataforma global de pagamentos programável. Outros optam por fazer trades com
altcoins. Ainda assim, essas duas estratégias carregam seus próprios
riscos financeiros.
Como principal pilar do movimento de
Finanças Descentralizadas (DeFi), a ETH também pode ser usada para empréstimos, como ativo colateral (garantia), emissão de ativos sintéticos e – no futuro – para
staking.
Alguns investidores podem apenas manter uma posição de longo prazo com
Bitcoin e não incluir nenhum outro ativo digital em seu portfólio. Por outro lado, outros podem optar por manter ETH e outras altcoins em seu portfólio, ou
alocar uma certa porcentagem para trades de curto prazo (por exemplo, day trading ou swing trading). Não existe uma abordagem única para ganhar dinheiro nos mercados. Cada investidor deve decidir qual a estratégia mais adequada para seu perfil, considerando as circunstâncias.
Existem muitas opções para armazenar moedas, cada uma com seus prós e contras. Como tudo que envolve
riscos, sua melhor opção pode ser
diversificar entre as diferentes opções disponíveis.
Geralmente, as soluções de armazenamento podem ser classificadas em
custodial ou
não custodial. Uma
solução de custódia significa que você está confiando suas moedas a terceiros (como uma exchange). Nesse caso, você precisa fazer login na plataforma para fazer transações com seus criptoativos.
Uma solução não custodial é o oposto – você mantém o controle de seus próprios fundos através de uma carteira de criptomoedas. Uma carteira de criptomoedas não guarda suas moedas como uma carteira física – ela possui chaves criptográficas que permitem acessar seus ativos na blockchain. Vale a pena lembrar: é
extremamente importante que você faça backup de sua seed phrase ao usar uma carteira não custodial!
Se você já possui ether e deseja depositá-los na Binance, basta seguir estas etapas:
- Faça o login na Binance ou registre-se caso ainda não tenha uma conta.
- Abra sua Carteira Spot e selecione Depositar.
- Selecione ETH na lista de moedas.
- Selecione a rede e envie seus ETH ao endereço correspondente.
- Pronto! Após a confirmação da transação, seus ETH serão depositados em sua conta da Binance.
Se deseja negociar seus ether com frequência, você deverá mantê-los em sua conta Binance. Armazenar ETH na Binance é fácil e seguro. Além disso, você aproveita de todos os benefícios do ecossistema Binance por meio de empréstimos,
staking,
airdrops promoções e sorteios.
Se você já possui ether e deseja retirá-los da Binance, basta seguir estas etapas:
- Faça o login na Binance.
- Abra sua Carteira Spot e selecione Sacar.
- Selecione ETH na lista de moedas.
- Selecionar a rede
- Insira o valor e o endereço do destinatário.
- Confirme o processo através do email.
- Pronto! Após a confirmação da transação, seus ETH serão enviados ao endereço fornecido.
Se deseja armazenar ETH em sua própria carteira, existem duas opções principais: as hot wallets e as cold wallets.
Hot wallets
Uma carteira de criptomoedas conectada à Internet é chamada de hot wallet. Normalmente, é um aplicativo de celular ou de computador que permite verificar seus saldos e fazer transferências de tokens. Como as hot wallets estão online, elas tendem a ser mais vulneráveis a ataques, mas também mais convenientes para pagamentos diários. A
Trust Wallet é um exemplo de carteira fácil de usar e com suporte para muitas moedas.
Cold wallets
Uma cold wallet é uma carteira de criptomoedas que não está conectada à Internet. Como não existe um
vetor de ataque online, as chances de um ataque são menores. Ao mesmo tempo, cold wallets são normalmente menos intuitivas do que as hot wallets. Exemplos de cold wallets podem incluir
carteiras de hardware ou
carteiras de papel, mas o uso de carteiras de papel costuma ser desencorajado, pois são consideradas obsoletas e inseguras.
Vitalik Buterin criou o primeiro emblema da Ethereum. Era composto por dois símbolos de somatório rotacionados Σ (letra Sigma do alfabeto grego). O design final do logotipo (baseado neste emblema) é composto de uma forma romboide chamada octaedro cercada por quatro triângulos. Semelhante a outras moedas, pode ser útil que o ether tenha um símbolo Unicode padrão para que aplicativos e sites possam exibir facilmente os valores do ether. Embora não seja tão amplamente usado quanto o $ do dólar, por exemplo, o símbolo mais usado para o éter é Ξ.
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Em termos mais simples, a escalabilidade é uma medida da capacidade de crescimento do sistema. Em computação, por exemplo, uma rede ou servidor pode ser dimensionado para lidar com mais demanda através de diferentes métodos.
No setor de criptomoedas, a escalabilidade refere-se ao quão bem uma blockchain pode crescer para acomodar mais usuários. Mais usuários significa que existem mais operações e transações “concorrentes” para serem incluídas na blockchain.
Os defensores da Ethereum acreditam que a próxima iteração da Internet será construída na plataforma. A chamada
Web 3.0 traria uma topologia descentralizada caracterizada pela ausência de intermediários, foco na privacidade e uma mudança em relação à real posse dos próprios dados. Essa base seria construída usando computação distribuída na forma de
contratos inteligentes e protocolos de armazenamento/comunicação distribuídos.
Para conseguir isso, porém, a Ethereum precisa aumentar significativamente o número de transações que pode processar sem prejudicar a descentralização da rede. No momento, a Ethereum não limita o volume de transações restringindo o tamanho do
bloco, como faz a
Bitcoin. Em vez disso, existe um
limite de gás do
bloco – apenas uma certa quantidade de
gás pode caber em um bloco.
Por exemplo, se existe um limite de gás de bloco de 100.000 gwei e você quisesse incluir dez transações com um limite de gás de 10.000 gwei cada, funcionaria sem problemas. O mesmo aconteceria com duas transações de 50.000 gwei. Quaisquer outras transações enviadas juntamente com essas, deverão aguardar o próximo bloco.
Isso não é o ideal para um sistema que todos usam. Se houver mais transações pendentes do que o espaço disponível em um bloco, logo ocorrerá um acúmulo de pendências. O preço do gás irá aumentar e os usuários precisarão disputar uns com os outros para que suas transações sejam incluídas primeiro. Dependendo de quão ocupada estiver a rede, as operações podem ficar muito caras para determinados casos de uso.
O aumento da popularidade de
CryptoKitties foi um excelente exemplo das limitações da Ethereum nesse sentido. Em 2017, o jogo com base na Ethereum levou muitos usuários a fazer transações para participar da criação de seus próprios gatos digitais (representados como
tokens não fungíveis). O jogo tornou-se tão popular que as transações pendentes dispararam, resultando em congestionamento extremo da rede por algum tempo.
Aparentemente, o simples aumento do limite de gás do bloco aliviaria todos os problemas de escalabilidade. Quanto mais alto o limite, mais transações poderiam ser processadas em um determinado período, certo?
Infelizmente, isso não é possível sem sacrificar as principais propriedades da Ethereum. Vitalik Buterin propôs o Trilemma da Blockchain (visualizado abaixo) para explicar o delicado equilíbrio que as blockchains precisam atingir.
O Trilemma da Blockchain: Escalabilidade (1), Segurança (2) e Descentralização (3).
Ao optar por otimizar duas das três características acima, a terceira estará defasada. Blockchains como a Ethereum e a Bitcoin priorizam a
segurança e descentralização. Seus
algoritmos de consenso garantem a segurança de suas redes, que são compostas por milhares de nós, mas isso leva a uma baixa escalabilidade. Com tantos nós recebendo e validando transações, o sistema é muito mais lento do que as alternativas centralizadas.
Em outro cenário, o limite de gás de bloco pode ser aumentado para que a rede adquira segurança e escalabilidade, mas não seja tão descentralizada.
Isso ocorre porque mais transações em um bloco resultam em blocos maiores. Ainda assim, os nós na rede precisam fazer o download e propagá-los periodicamente. Esse processo demanda muito em termos de hardware. Quando o limite de gás de bloco aumenta, os nós enfrentam maior dificuldade para validar, armazenar e transmitir blocos.
Consequentemente, o esperado seria que os nós incapazes de acompanhar a rede, fossem desconectados. Dessa forma, apenas uma fração de nós poderosos poderia participar – gerando maior centralização. Provavelmente seria uma blockchain mais segura e escalável, mas não seria descentralizada.
Por fim, podemos imaginar uma blockchain que se concentre em descentralização e escalabilidade. Para ser rápida e descentralizada, sacrifícios devem ser feitos quando se trata do algoritmo de consenso usado, o que gera uma queda na segurança.
Nos últimos anos, a Ethereum raramente ultrapassou dez
transações por segundo (TPS). Para uma plataforma que visa se tornar um “computador mundial”, esse número é surpreendentemente baixo.
Entretanto,
soluções de escalabilidade sempre têm sido parte do
roteiro da Ethereum.
Plasma é um exemplo de solução de escalabilidade. O objetivo é aumentar a eficiência da Ethereum, mas a técnica também pode ser aplicada a outras redes de blockchain.
Considerando todo o seu potencial, a Ethereum atualmente possui limitações consideráveis. Já discutimos a questão da escalabilidade. Em poucas palavras, se a Ethereum pretende ser o carro-chefe do novo sistema financeiro, ela precisa ser capaz de processar muito mais transações por segundo. Dada a natureza distribuída da rede, esse é um problema extremamente difícil de se resolver. Os desenvolvedores da Ethereum vêm pensando nisso há anos.
Para manter a rede suficientemente descentralizada, é necessário impor limites. Quanto mais altos forem os requisitos para operar um nó, menos participantes haverá e mais centralizada será a rede. Portanto, o aumento do número de transações que a Ethereum pode processar, pode ameaçar a integridade do sistema, pois também aumentaria a carga sobre os nós.
Outra crítica à Ethereum (e outras criptomoedas
Proof of Work) é que ela requer uma quantidade altíssima de recursos. Para anexar com sucesso um bloco à blockchain, deve haver mineração. Para criar um bloco dessa maneira, é necessária a execução rápida de cálculos, o que consome enormes quantidades de energia elétrica.
Para contornar as limitações citadas acima, foi proposto um grande conjunto de atualizações, coletivamente conhecido como Ethereum 2.0 (ou ETH 2.0). Uma vez implementado, o sistema ETH 2.0 deve melhorar significativamente o desempenho da rede.
Como mencionado, cada nó armazena uma cópia de toda a blockchain. Cada vez que se estende, cada um dos nós deve se atualizar, o que consome largura de banda e memória.
Usando um método chamado sharding, pode ser que isso não seja mais necessário. O nome refere-se ao processo de dividir a rede em subconjuntos de nós – estes são nossos shards (fragmentos). Cada um desses shards irá processar suas próprias transações e contratos, mas ainda assim poderá se comunicar com a rede de shards, conforme necessário. Como todo shard é validado independentemente, não é mais necessário que eles armazenem dados de outros shards.
A rede em março de 2020 vs. a rede com sharding implementado.
O sharding é uma das abordagens mais complexas de dimensionamento que exige muito trabalho para projetar e implementar. No entanto, se implementado com sucesso, também seria um dos mais eficazes, aumentando a capacidade de produção da rede em ordens de grandeza.
Com o Plasma, as cadeias secundárias são ancoradas na blockchain principal da Ethereum, mas mantêm a comunicação em um nível mínimo. Elas operam de forma mais ou menos independente, embora os usuários ainda confiem na cadeia principal para resolução de conflitos ou “conclusão” de suas atividades nas cadeias secundárias.
A redução da quantidade de dados que os nós devem armazenar é vital para a escalabilidade bem-sucedida da Ethereum. A abordagem do plasma permite que os desenvolvedores projetem o funcionamento de suas cadeias “filhas” com um contrato inteligente na cadeia principal. Em seguida, eles podem criar aplicativos com informações ou processos que seriam muito caros para armazenamento/execução na cadeia principal.
Rollups são semelhantes ao
Plasma no sentido de buscar escalabilidade para a Ethereum através do deslocamento de transações para fora da blockchain principal. Então, como funcionam?
Um único contrato na cadeia principal mantém todos os fundos da cadeia secundária e mantém uma prova criptográfica do estado atual dessa cadeia. Os operadores dessa cadeia secundária, que mantêm um vínculo no contrato da rede principal, garantem que apenas transições de estado válidas sejam confirmadas no contrato da rede principal. A ideia é que, como esse "estado" é mantido fora da cadeia, não há necessidade de armazenar os dados na blockchain. A principal diferença entre rollups e Plasma, no entanto, está na maneira como as transações são enviadas para a cadeia principal. Usando um tipo de transação especial, um grande número de transações podem ser “rolled up” (agrupadas) em um bloco especial chamado Bloco de rollup.
Existem dois tipos de rollups: Optimistic e ZK Rollups. Ambas garantem a correção das transições de estado de maneiras distintas.
ZK Rollups enviam transações usando um método de verificação criptográfico chamado
zero-knowledge proof (prova de conhecimento zero). Mais especificamente, uma abordagem chamada
zk-SNARK. Não entraremos em detalhes de como funciona aqui, mas veja como pode ser usada para rollups. É uma maneira de diferentes partes provarem umas às outras que possuem uma informação específica, sem revelar qual é a informação.
No caso das ZK Rollups, essas informações são transições de estado enviadas à cadeia principal. Uma grande vantagem disso é que esse processo pode ocorrer quase instantaneamente e as chances de que as informações enviadas sejam corrompidas é praticamente nula.
Optimistic Rollups sacrificam escalabilidade para obter mais flexibilidade. Ao usar uma máquina virtual chamada Optimistic Virtual Machine (OVM), elas permitem que contratos inteligentes sejam executados nessas cadeias secundárias. Por outro lado, não há prova criptográfica de que a transição de estado enviada à cadeia principal esteja correta. Para atenuar esse problema, existe um pequeno atraso que permite que os usuários contestem e rejeitem blocos inválidos enviados à cadeia principal.
Proof of Stake (PoS) é um método alternativo ao
Proof of Work para validação de blocos. Em um sistema Proof of Stake, os blocos não são
minerados, mas sim
cunhados (também se usa o termo
forjados). Em vez de mineradores competindo com poder de hash, um nó (ou
validador) é periodicamente escolhido, de maneira aleatória, para validar um bloco candidato. Se for feito corretamente, o validador recebe todas as taxas de transação desse bloco e, dependendo do protocolo, possivelmente uma
recompensa de bloco.
Como não há mineração envolvida, o Proof of Stake é considerado menos prejudicial ao meio ambiente. A energia consumida pelos validadores não chega nem perto do nível consumido por mineradores. Além disso, os validadores podem forjar blocos usando hardware convencional.
A Ethereum planeja fazer a transição do PoW para o PoS como parte do projeto Ethereum 2.0, com uma atualização conhecida como
Casper. Uma data exata ainda não foi formalizada, mas é provável que a primeira iteração seja lançada em 2020.
Nos protocolos de Proof of Work, a segurança da rede é garantida pelos mineradores. Mineradores não têm interesse em trapacear, pois seria um desperdício de eletricidade e de possíveis recompensas. No Proof of Stake, não existe essa
teoria dos jogos e, para garantir a segurança da rede, existem diferentes medidas
criptoeconômicas em vigor.
Em vez do risco de desperdício, o que impede uma conduta desonesta é o risco de perda de fundos. Os validadores devem apresentar um valor de stake (ou seja, uma participação em tokens) para serem elegíveis para validação. É uma quantidade definida de ether que será perdida caso o nó apresente tentativa de trapaça ou que irá se esgotar lentamente caso o nó não responda ou fique offline. No entanto, se os validadores executarem nós adicionais, eles receberão mais recompensas.
Quantos ETH são necessários para fazer staking na Ethereum?
O valor de stake mínimo estimado para a Ethereum é de 32 ETH por validador. Um valor alto é definido para que o custo de uma tentativa de
ataque de 51% seja extremamente alto.
Quantos ETH posso ganhar ao fazer staking na Ethereum?
Esta não é uma pergunta simples de responder. Isso se baseia, é claro, na sua participação (stake), mas também no montante total de ETH em stake na rede e na taxa de inflação. Como estimativa aproximada, os cálculos atuais projetam cerca de 6% de retorno anual. Lembre-se de que isso é apenas uma estimativa e pode mudar no futuro.
Por quanto tempo os ETH ficam bloqueados ao fazer staking?
Haverá uma fila para retirar seus ETH do seu validador. Se não houver fila, o tempo mínimo é de 18 horas, mas é ajustado dinamicamente com base em quantos validadores estão solicitando retiradas em determinado momento.
Existe um risco ao fazer staking de ETH?
Como você é um validador na rede e é responsável por manter a segurança dela, existem alguns riscos a serem considerados. Se o seu nó validador ficar offline por um longo período, você poderá perder uma parte considerável do seu depósito. Além disso, se seu depósito cair para menos de 16 ETH a qualquer momento, você será removido do grupo de validadores.
Também vale considerar um fator de risco mais sistêmico. O
Proof of Stake não foi implementado em tal escala antes, portanto, não podemos ter certeza absoluta de que não irá falhar de alguma forma. O software sempre terá bugs e vulnerabilidades e isso pode ter um efeito devastador – especialmente quando bilhões de dólares estão em jogo.
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Finanças Descentralizadas (ou simplesmente DeFi) é um movimento que visa descentralizar aplicações financeiras. O ecossistema DeFi é construído em blockchains públicas
open-source (de código aberto) que tem acesso livre para qualquer pessoa com conexão à
Internet (
permissionless, sem necessidade de permissão). Esse é um elemento crucial para, potencialmente, integrar bilhões de pessoas a esse novo sistema financeiro global.
No crescente ecossistema DeFi, os usuários interagem com contratos inteligentes e entre si por meio de redes
peer-to-peer (P2P) e
Aplicativos Descentralizados (DApps). A grande vantagem do DeFi é que, embora tudo isso seja possível, os usuários ainda mantêm total controle sobre seus fundos o tempo todo.
Simplificando, o movimento Finanças Descentralizadas (DeFi) visa criar um novo sistema financeiro livre das limitações do atual. Devido ao seu grau relativamente alto de descentralização e grande base de desenvolvedores, a maior parte do ecossistema DeFi está, atualmente, sendo construído na Ethereum.
Você provavelmente já sabe, mas uma das grandes vantagens da
Bitcoin é que nenhuma parte central é necessária para coordenar a operação da rede. Mas e se usarmos isso como nossa ideia principal para criar aplicativos programáveis sobre ela? Esse é o potencial dos aplicativos DeFi. Nenhum coordenador central ou intermediário, nenhum ponto único de falha.
Como mencionado acima, uma das grandes vantagens do DeFi é o acesso aberto. Existem bilhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso a nenhum tipo de serviço financeiro. Você pode imaginar como administraria seu dia-a-dia sem nenhuma certeza de suas finanças? Existem bilhões de pessoas que vivem assim e esse é o principal grupo demográfico que o sistema DeFi está tentando ajudar.
Tudo isso parece ótimo, então por que o sistema DeFi ainda não dominou o mundo? Atualmente, a maioria dos aplicativos DeFi são difíceis de usar, confusos, apresentam problemas e são altamente experimentais. Como se vê, até mesmo o desenvolvimento das estruturas desse ecossistema é muito difícil, especialmente em um ambiente de desenvolvimento distribuído.
Um dos casos de uso mais populares das Finanças Descentralizadas (DeFi) é
stablecoins. Essencialmente, são tokens em uma blockchain com seu valor atrelado a um ativo do mundo real, como uma
moeda fiduciária. Por exemplo, o
BUSD está atrelado ao valor do dólar. O que torna esses tokens práticos é que, como eles existem em uma blockchain, fica muito fácil realizar operações de transferência e armazenamento.
Outro tipo popular de aplicação é o empréstimo. Existem muitos serviços
peer-to-peer (P2P) que permitem emprestar seus fundos a outras pessoas e receber pagamentos de juros em troca. Uma das maneiras mais fáceis de fazer isso é através da
Binance Lending. Basta você transferir seus fundos para sua carteira de empréstimos e começar a ganhar juros no dia seguinte!
A parte mais empolgante das DeFi, no entanto, são os aplicativos difíceis de categorizar. Podem incluir todos os tipos de mercados descentralizados peer-to-peer, onde os usuários podem trocar
cripto-colecionáveis exclusivos e outros itens digitais. Eles também permitir a criação de ativos sintéticos, onde qualquer pessoa pode criar um mercado para praticamente qualquer coisa que tenha valor. Outras possibilidades de uso são
mercados de previsão, derivativos e muito mais.
Uma
Exchange Descentralizada (DEX) é uma plataforma que permite que transações diretas entre as carteiras dos usuários. Ao fazer trades na
Binance, uma exchange centralizada, você envia seus fundos para a Binance e negocia através de seus sistemas internos.
Um ótimo exemplo de exchange descentralizada é a
Binance DEX. Alguns outros exemplos construídos na Ethereum são Uniswap, Kyber Network e IDEX. Muitas até permitem trading a partir de uma
carteira de hardware para máxima segurança.
Exchanges centralizadas vs. descentralizadas.
Acima, ilustramos as diferenças entre exchanges centralizadas e descentralizadas. À esquerda, podemos ver que a Binance está no meio de transações entre usuários. Portanto, se Alice deseja trocar o token A pelo token B de Bob, primeiro eles devem depositar seus ativos na exchange. Após a negociação, a
Binance irá realocar seus saldos.
À direita, porém, é uma exchange descentralizada. Podemos notar que não existem terceiros envolvidos na transação. Em vez disso, o token de Alice é trocado diretamente pelo de Bob usando um contrato inteligente. Dessa forma, nenhuma das partes precisa confiar em um intermediário, pois os termos do contrato são executados automaticamente.
A partir de fevereiro de 2020, as DEXs tendem a ser os aplicativos mais usados no topo da blockchain Ethereum. No entanto, o
volume de trading comparado às exchanges centralizadas ainda é pequeno. Se desenvolvedores e designers de aplicativos DEX aperfeiçoarem a experiência do usuário, as DEXs poderão competir com exchanges centralizadas no futuro.
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“Ethereum Node” é um termo usado para descrever um programa que interage com a rede Ethereum de alguma forma. Pode ser desde um simples celular operando um aplicativo de carteira até um computador dedicado que armazena uma cópia completa da blockchain.
Todos os nós funcionam, de alguma forma, como um ponto de comunicação, mas existem diferentes tipos de nós na rede Ethereum.
A Ethereum, ao contrário da
Bitcoin, não tem um único programa como sua implementação de referência. Enquanto o ecossistema Bitcoin tem o
Bitcoin Core como seu principal software de nó, a Ethereum possui diversos programas individuais (mas compatíveis) com base em seu
Yellow Paper.
Geth e
Parity são duas opções populares.
Para interagir com a rede Ethereum de uma maneira que permita a validação de dados de blockchain de forma independente, você precisa executar um "Full node" (nó completo) usando um software como os mencionados acima.
O software fará o download de blocos de outros nós e irá verificar se as transações incluídas estão corretas. Ele também executará todos os contratos inteligentes ativos para garantir que você esteja recebendo as mesmas informações que outros usuários da rede. Se tudo estiver funcionando conforme o esperado, cada nó deve ter uma cópia idêntica da blockchain em sua respectiva máquina.
Os Full nodes são vitais para o funcionamento da Ethereum. Sem múltiplos nós espalhados pelo mundo, a rede perderia suas propriedades de descentralização e resistência à censura.
A execução de um Full node permite que o usuário contribua diretamente para a saúde e a segurança da rede. Mas um Full node geralmente requer uma máquina separada para operar, além de manutenção periódica. Os "Light nodes" podem ser uma opção melhor para usuários que não conseguem executar um Full node (ou que simplesmente preferem não fazê-lo).
Como o nome sugere, os Light nodes são leves – eles usam menos recursos e ocupam menos espaço. Sendo assim, eles podem ser executados em dispositivos com especificações mais baixas, como celulares ou laptops. Mas essa comodidade tem um custo: os Light nodes não são totalmente auto-suficientes. Eles não sincronizam a blockchain por completo e, portanto, exigem Full nodes para alimentá-los com informações relevantes.
Os Light nodes são populares entre comerciantes, serviços e usuários. São muito utilizados para pagamentos em ocasiões em que os Full nodes são considerados desnecessários e muito caros para execução.
Um "Mining node" (nó de mineração) pode ser tanto um Cliente Full quanto um Light. O termo “mining node” não é realmente usado como no ecossistema da Bitcoin, mas é importante identificarmos estes participantes.
Para minerar Ethereum, os usuários precisam de hardware adicional. Uma prática comum envolve a construção de uma mining rig (plataforma de mineração). Com isso, os usuários conectam várias GPUs (unidades de processamento gráfico) para fazer hashing de dados em alta velocidade.
Os mineradores têm duas opções: mineração individual ou uma pool de mineração. A
Mineração individual significa que o minerador trabalha sozinho para criar
blocos. Se tiver sucesso, não irá compartilhar suas recompensas com ninguém. Outra alternativa é ingressar em uma
pool de mineração, onde o minerador combina seu poder de hash com o de outros usuários. Com maior poder de hashing, a probabilidade de encontrar um bloco válido é maior, mas os usuários devem compartilhar as recompensas com os membros da pool.
Um dos grandes aspectos das blockchains é o acesso aberto. Isso significa que qualquer pessoa pode executar um nó da Ethereum e fortalecer a rede através da validação de transações e blocos.
Da mesma forma que a
Bitcoin, existem várias empresas que oferecem nós Ethereum plug-n-play. Essa pode ser a melhor opção se você quiser colocar um nó em funcionamento – no entanto, esteja preparado para pagar um pouco a mais por essa comodidade.
Conforme mencionado, a Ethereum possui diversas implementações de software para nós, como o
Geth ou o
Parity. Se deseja executar seu próprio nó, você deve se familiarizar com o processo de configuração da implementação que escolher executar.
A menos que você queira executar um nó especial chamado de archival node (nó de arquivo), um laptop comum deve ser capaz de executar um Full node da Ethereum. Entretanto, é melhor não usar seu computador do dia-a-dia, pois isso pode deixá-lo significativamente mais lento.
A execução do seu próprio nó funciona melhor em dispositivos que podem estar sempre online. Se o seu nó ficar offline, pode ser necessária uma quantidade considerável de tempo para sincronizar com a rede novamente. Sendo assim, as melhores soluções são dispositivos baratos de construir e fáceis de manter. Por exemplo, você pode executar um Light node até mesmo em um Raspberry Pi.
Como a rede está prestes a fazer a transição para
Proof of Stake, a mineração na Ethereum não é a aposta mais segura a longo prazo. Após a transição, é provável que os mineradores da Ethereum utilizem seus equipamentos de mineração para outra rede ou simplesmente vendam tudo.
Ainda assim, se quiser participar da mineração da Ethereum, você precisará de hardware especializado, como GPUs ou
ASICs. Se você procura rendimentos razoáveis, provavelmente precisará de uma plataforma de mineração customizada e acesso a eletricidade barata. Além disso, você deverá configurar uma carteira Ethereum e configurar o software de mineração para usá-la. Tudo isso exige um investimento significativo de tempo e dinheiro; portanto, avalie com cautela se você está realmente pronto para o desafio.
ProgPoW significa
Programmatic Proof of Work. É uma extensão proposta do algoritmo de mineração da Ethereum, Ethash, projetada para tornar as GPUs mais competitivas em relação aos
ASICs.
A
ASIC-resistance tem sido um tópico muito debatido há anos nas comunidades Bitcoin e Ethereum. No caso da Bitcoin, os
ASICs se tornaram a força de mineração dominante na rede.
Na Ethereum, os ASICs estão presentes, mas são bem menos proeminentes – boa parte dos mineradores ainda usa GPUs. Essa situação pode mudar em breve, no entanto, à medida que mais e mais empresas trazem mineradores ASIC da Ethereum para o mercado. Mas por que ASICs podem ser um problema?
Por um lado, os ASICs poderiam reduzir drasticamente a descentralização da rede. Caso os mineradores de GPU não consigam ser lucrativos e precisem encerrar suas operações de mineração, a
taxa de hash poderia se concentrar nas mãos de um pequeno grupo de mineradores. Além disso, o desenvolvimento de chips ASIC é caro e apenas algumas empresas têm recursos para isso. Dessa forma, acaba-se criando uma ameaça de monopolização, potencialmente centralizando o setor de mineração da Ethereum nas mãos de algumas empresas.
A integração do ProgPow é um tema controverso desde 2018. Enquanto alguns pensem que pode ser saudável para o ecossistema da Ethereum, outros se opõem devido à possível ocorrência de um
hard fork. Com a iminente transição para
Proof of Stake, ainda não se sabe se o ProgPow será implementado na rede.
Assim como a
Bitcoin, a Ethereum é
open-source (de código aberto). Qualquer pessoa é livre para participar do desenvolvimento do protocolo ou criar aplicativos sobre ele. Na verdade, a Ethereum possui atualmente a maior comunidade de desenvolvedores no ambiente da tecnologia blockchain.
Recursos como o
Mastering Ethereum de Andreas Antonopoulos e Gavin Wood e o
Developer Resources da Ethereum.org são excelentes pontos de partida para desenvolvedores que desejam se engajar.
Os
Contratos inteligentes foram introduzidos na década de 1990, mas habilitá-los para a tecnologia blockchain era um desafio inédito. A Solidity foi proposta em 2014 por Gavin Wood e desde então se tornou a principal linguagem de programação para desenvolvimento de contratos inteligentes na Ethereum. Sintaticamente, se assemelha às linguagens Java, JavaScript e C++.
Essencialmente, o Solidity permite que os desenvolvedores escrevam códigos que podem ser divididos em instruções interpretadas pela Ethereum Virtual Machine (EVM). Se você gostaria de entender melhor como ele funciona, o
Solidity GitHub é um bom ponto de partida.
É importante notar que o Solidity não é a única linguagem disponível para os desenvolvedores da Ethereum. Outra opção popular é a linguagem
Vyper, que possui uma sintaxe parecida com Python.