Binance Academy - Retrospectiva 2021
Página Inicial
Artigos
Binance Academy - Retrospectiva 2021

Binance Academy - Retrospectiva 2021

Iniciante
Publicado em Dec 21, 2021Atualizado em Sep 1, 2022
8m

TL;DR

2021 foi um ano realmente inovador, com muitos novos casos de uso para as criptomoedas. Tecnologias como os NFTs e o metaverso tornaram-se notícias populares e a adoção da blockchain aumentou consideravelmente. Em termos de regulamentação, tivemos incentivos e também repressão. 

El Salvador adotou o Bitcoin como uma proposta legalmente válida. Nos Estados Unidos, a SEC permitiu que os primeiros Bitcoin ETFs fossem listados na Chicago Mercantile Exchange. O Canadá também lançou seus próprios ETFs de Bitcoin, que são parte essencial da adoção de investidores institucionais.

Os NFTs tiveram enorme sucesso este ano, com exposição e vendas recordes. O que era um pequeno nicho cripto nos anos anteriores agora é um tópico amplamente discutido. A Binance lançou sua própria plataforma NFT para atender à crescente demanda e as empresas da Fortune 500 estão investindo cada vez mais em NFTs.

Os NFTs também têm uma função no metaverso, outro tópico entre os mais comentados de 2021. Gigantes da tecnologia e pequenos desenvolvedores estão construindo um mundo 3D totalmente conectado, com o setor cripto impulsionando a economia dos projetos. A tendência também está relacionada à Web3, o conceito de descentralização das futuras interações na internet. Neste ano, grandes organizações e investidores mostraram seu apoio à implementação de blockchains em interações online, dados, privacidade e finanças.

Os Binance Fan Tokens também decolaram com clubes esportivos como o FC Porto e o S.S. Lazio. A maioria das vendas de 2021 superou as expectativas e os usuários e fãs já desfrutam de novos benefícios baseados na tecnologia blockchain.

Encerrando o ano, o Bitcoin atingiu um novo recorde de quase US$ 70.000 em novembro.


Introdução

Não existe ano entediante quando se trata de criptomoedas. Desde NFTs que expressam a imaginação e a criatividade de seus criadores até novos recordes do Bitcoin. O ano de 2021 teve de tudo. Ao que tudo indica, todos estão se preparando para saltar para o metaverso impulsionado pela blockchain. No entanto, não podemos nos esquecer de todos os outros acontecimentos do ano.


Regulação das criptomoedas

Ao longo dos anos, as medidas regulatórias das criptomoedas foram se desenvolvendo gradualmente. Mas em 2021, nem todos os governos tinham o mesmo objetivo em mente. Alguns países, como El Salvador, abraçaram a tecnologia e já aproveitam dos benefícios da integração desta tecnologia na vida cotidiana de todos. Outros, reforçaram a tributação e tratam o setor cripto de forma mais restrita e controlada.

El Salvador

No dia 5 de junho de 2021, El Salvador ganhou as manchetes do mundo todo ao anunciar que o Bitcoin se tornaria um recurso oficialmente legal do país. A partir de 7 de setembro de 2021, todas as empresas foram obrigadas a aceitar o BTC como pagamento por bens e serviços. Com isso, El Salvador foi o primeiro país a adotar o Bitcoin como método de pagamento oficial. Como comemoração, o governo doou US$ 30 em Bitcoin para todos os cidadãos que baixaram a carteira de criptomoedas do governo. 

El Salvador utiliza o Bitcoin como forma de reduzir as taxas que sua população paga em remessas, uma área importante da economia do país, já que muitas famílias recebem dinheiro do exterior. Além disso, a maioria dos salvadorenhos não tem acesso a serviços financeiros, portanto a blockchain é uma possível solução para este problema. Globalmente, muitos viram a mudança como uma forma de reformulação de El Salvador. O país tinha uma reputação ruim devido a problemas com gangues criminosas e à economia clandestina.

Estados Unidos

Além do lançamento de ETFs de Bitcoin (fundo de investimento negociado na bolsa), tivemos atualizações regulares em relação às áreas de interesse da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Notavelmente, stablecoins e o setor de Finanças Descentralizadas (DeFi) são tópicos em discussão, pois apresentam mais desafios regulatórios do que criptomoedas como o Bitcoin. É bem provável que veremos grandes anúncios no próximo ano sobre a regulação dessas duas áreas.


ETFs de Bitcoin

Alguns consideram que a criação e a regulação de ETFs de Bitcoin são a chave para a introdução das criptomoedas aos investidores tradicionais. Ao contrário dos investidores privados, as instituições altamente regulamentadas não podem simplesmente abrir uma carteira e começar a negociar criptomoedas. Em 2021, tivemos o lançamento de ETFs de Bitcoin no Canadá e nos EUA, após muita discussão com os órgãos reguladores. Um ETF permite a exposição de seu portfólio ao Bitcoin, sem a necessidade de possuir o ativo propriamente dito. Muitos ETFs de Bitcoin, como o BITO dos EUA, na verdade usam futuros de BTC como ativo subjacente do ETF.

A SEC favoreceu ETFs de futuros vinculados aos já existentes futuros de Bitcoin da Chicago Mercantile Exchange (CME). Esses derivativos são altamente regulamentados nos EUA e possibilitam que os ETFs desfrutem disso. Existem atualmente três opções de ETF com base nos Estados Unidos e a possibilidade de fundos fisicamente garantidos deve ser implementada no futuro.


Tokens não fungíveis (NFTs)

Embora os NFTs não sejam nenhuma novidade no mundo da blockchain, eles tiveram um ano de muito destaque. Em março, tivemos a venda do NFT mais caro do mundo: "Everyday: The First 5.000 Days", da Beeple, por US$ 69 milhões. Simultaneamente, a popularidade dos jogos NFT também cresceu muito.


Estabelecer autenticidade e originalidade pode ser um desafio, mas a tecnologia blockchain proporcionou um método de verificar a raridade de itens digitais. Ela resolveu os problemas de "copy-paste" (copiar e colar) e a dificuldade de comprovar a autenticidade de ativos e arquivos digitais. Com a enorme quantidade de casos de uso, desenvolvedores experimentam a tecnologia de NFTs em todos os setores e podemos esperar grandes novidades em 2022 e nos anos seguintes.


O metaverso

Depois da ascensão dos NFTs no início do ano, tivemos outra grande tendência em 2021: o metaverso. O principal motivo para a enorme popularidade do metaverso é o interesse das grandes empresas de tecnologia. Em 28 de outubro, o Facebook mudou seu nome para Meta e apresentou a sua visão de um universo virtual 3D que conecta vários aspectos de nossas vidas. Podemos ver esse aumento de popularidade nas pesquisas do Google Trends.


A Meta não é a única empresa a pensar nisso. O conceito de metaverso existe há anos e muitos projetos cripto criaram seus próprios mundos de metaverso. No Decentraland, por exemplo, os usuários podem explorar um mundo 3D, comprar terras virtuais e até mesmo ganhar a vida com os mecanismos do modelo play-to-earn (jogar para ganhar). Jogos blockchain como o Axie Infinity também oferecem métodos de se obter uma renda estável jogando. Ainda não temos um metaverso totalmente consolidado, mas as peças estão se encaixando.


Web3

Web3 é o conceito de uma nova versão da internet baseada em blockchains públicas como a Ethereum ou a Binance Smart Chain. O termo foi criado em 2014 por Gavin Wood, cofundador da Ethereum e fundador da Polkadot. No entanto, foi neste ano que o conceito começou a ganhar força, especialmente com o endosso de grandes empresas de investimento como a Andreessen Horowitz, por volta de outubro de 2021.


A ideia do Web3 é usar a descentralização como base para desenvolvimento de novas funcionalidades da internet. Mas qual é a diferença entre os conceitos de Web3 e metaverso? Bem, o metaverso pretende criar um mundo 3D totalmente conectado. A Web3 se concentra mais na maneira em que utilizamos a internet para controlar e gerenciar nossa identidade, informações pessoais e interações. Sites e aplicativos também usarão big data para aprimorar a experiência online.

NFTs, DAOs (organizações autônomas descentralizadas) e o setor DeFi; todos estão se tornando ferramentas essenciais em relação à forma como usamos a internet. Assim como os e-mails, o PayPal e o 2FA (autenticação de dois fatores) foram essenciais para a Web 1.0 e a Web 2.0.


Binance Fan Tokens

Em 21 de outubro de 2021, a Binance ajudou a lançar o primeiro Binance Fan Token através do Launchpad em parceria com o S.S. Lazio. Os holders (detentores) obtiveram privilégios exclusivos, como o direito de votação nas decisões do time, a chance de ganhar NFTs e novas maneiras de interagir com seus times favoritos.

O ano de 2021 foi muito importante para os Binance Fan Tokens, mas a história não começa aqui. Os Fan Tokens (tokens de fãs) existem desde o final de 2019 com o lançamento do token JUV, da Juventus. Esses tokens permitem que os holders interajam com seus times favoritos e obtenham benefícios exclusivos.

Através do Binance Launchpool, os usuários fazem staking de BNB e recebem uma parte dos Binance Fan Tokens. Até o momento, as vendas foram um sucesso. Por exemplo, o LAZIO tinha 225.583 participantes fazendo staking de 8.110.631,97 BNB. Esse número representa um valor 1.005x maior do que a expectativa de venda.


Mercado de criptomoedas e recordes do Bitcoin

Após uma boa recuperação em 2020, o Bitcoin mais uma vez bateu o recorde do ano anterior. Foram três picos em 2021. Vamos dar uma olhada no gráfico.


O ponto 1 mostra o final da subida de 2020, que continuou em janeiro de 2021, com um valor máximo em torno de US$ 41.000. Depois do medo de um mercado de baixa seguido por uma correção, o Bitcoin continuou subindo e atingiu US$ 63.000 em meados de abril (Ponto 2). Em junho, o mercado teve más notícias para as criptomoedas, fazendo com que aproximadamente 50% de todo o poder de mineração do Bitcoin ficasse offline em questão de dias.

No entanto, o Bitcoin se recuperou e atingiu seu novo recorde de cerca de US$ 69.000 em novembro. Vamos conferir também os novos recordes de algumas das maiores criptomoedas em capitalização de mercado.

Criptomoeda

Recorde (valor aprox. em USD)

BNB

$686

Ethereum (ETH)

$4.878

Solana (SOL)

$260

DOGE

$0,7316

Cardano (ADA)

$3,09



Considerações finais

Um tema recorrente em 2021 foi a adoção de novos casos de uso da blockchain, como os NFTs e o metaverso. Agora, o mundo todo já está mais familiarizado com criptomoedas como o Bitcoin, com a indústria de mineração e o trading cripto. Isso tornou o ano de 2021 particularmente empolgante, pois, quando se trata do setor cripto, as notícias nos jornais do mundo todo não se limitam apenas aos aumentos de preços. Muitas das tendências que discutimos se estabeleceram muito bem para a chegada de 2022. Estamos muito animados para os próximos 12 meses.