O que é Chainbase (C)?

O que é Chainbase (C)?

Intermediário
Atualizado em Jul 22, 2025
8m

Pontos-chave

  • Chainbase é uma rede descentralizada que extrai dados de diferentes blockchains e os transforma em conjuntos de dados (datasets) estruturados e fáceis de usar.

  • Ele opera em um modelo dual-chain, onde a Cosmos gerencia a coordenação e a governança da rede, e o EigenLayer fornece a segurança e o poder computacional da Ethereum por meio de restaking.

  • A rede opera em quatro camadas (layers) principais: acessibilidade de dados, coprocessador, execução e consenso.

  • Os desenvolvedores podem escrever e publicar manuscripts para transformar dados brutos de blockchain em formatos úteis, recebendo recompensas sempre que seu trabalho for utilizado por outras pessoas.

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Introdução

As redes blockchain registram muitas informações valiosas, como transferências de tokens, interações com contratos inteligentes, emissões de NFTs e votações de governança de DAOs. Embora os dados sejam permanentes, eles costumam estar distribuídos entre diferentes blockchains e armazenados em formatos variados. Para obter dados de múltiplas redes, pode ser necessário operar seus próprios nodes, escrever códigos personalizados de indexação ou depender de serviços externos, que nem sempre são confiáveis.

A Chainbase está construindo uma rede de "hiperdados" (hyperdata) que reúne dados de diferentes blockchains, os organiza e facilita seu uso. Isso permite que os desenvolvedores criem aplicativos orientados a dados, como ferramentas de IA, painéis de análise DeFi e carteiras cross-chain, de maneira mais eficiente e com menos barreiras técnicas.

O que é Chainbase?

Chainbase é uma rede descentralizada que extrai dados de diferentes blockchains e os transforma em conjuntos de dados limpos, estruturados e fáceis de usar. Em vez de lidar com dados de brutos e dispersos de blockchain, os desenvolvedores podem usar a plataforma para consultar, analisar e atuar sobre dados de múltiplas blockchains em tempo real. 

Isso é especialmente valioso para agentes de inteligência artificial (IA) e aplicações cross-chain que dependem de dados precisos e de alta qualidade para tomar decisões e operar de forma eficaz. 

Como funciona a Chainbase?

A Chainbase é impulsionada por uma arquitetura dual-chain que combina a Cosmos e o EigenLayer. A plataforma opera por meio de um sistema de quatro camadas (layers), onde cada uma lida com uma parte específica do processamento dos dados. 

Layer de acessibilidade de dados

A Chainbase coleta e organiza dados de fontes on-chain e off-chain. Os dados on-chain incluem informações como históricos de transações e interações com contratos inteligentes, enquanto os dados off-chain abrangem informações maiores ou mais privadas, como modelos de IA ou metadados de aplicativos armazenados em sistemas descentralizados. 

Os dados são fornecidos por uma rede de provedores descentralizados, garantindo que nenhuma parte tenha controle exclusivo. A plataforma também é capaz de verificar a precisão dos dados sem revelar nenhuma informação sensível, por meio de provas de conhecimento zero – Zero-Knowledge Proofs (ZKP).

Layer de coprocessador

Esta layer é impulsionada por manuscripts, que é um conceito central do ecossistema da Chainbase. Um manuscript é um script que define como os dados da blockchain devem ser processados, especificando o que extrair e como limpar e formatar esses dados para que aplicativos e ferramentas de IA possam utilizá-los. 

Por exemplo, um desenvolvedor pode escrever um manuscript que filtra as transferências de tokens de um contrato inteligente ou rastreia os padrões de comportamento de carteira para detecção de fraudes.

Depois que o manuscript é publicado na rede, qualquer pessoa pode utilizá-lo, e o criador original recebe recompensas a cada uso. Essa é uma maneira de os desenvolvedores transformarem seus conhecimentos em algo valioso e reutilizável. À medida que mais desenvolvedores contribuem, a plataforma evolui para uma biblioteca crescente de ferramentas de dados confiáveis e prontas para serem usadas por qualquer pessoa.

Layer de execução

A Máquina Virtual da Chainbase (CVM) é um ambiente personalizado projetado para executar manuscripts em larga escala. Ela utiliza dados e paralelização de tarefas para lidar com múltiplos trabalhos simultaneamente e permitir um processamento rápido e eficiente, mesmo em grande escala.

Esta layer é protegida pelo EigenLayer, que permite que operadores de nodes de Serviços Verificáveis Autônomos (AVS) façam restaking de Ether ou tokens de staking líquido (LSTs) para fornecer os recursos computacionais necessários. Eles contribuem para manter a rede segura e descentralizada, recebendo recompensas conforme o volume de trabalho realizado.

Layer de consenso

A Chainbase utiliza o CometBFT, um algoritmo de consenso tolerante a falhas bizantinas (BFT) que oferece finalização rápida e confiável. Ele também utiliza um sistema de Delegated Proof of Stake (DPoS), onde validadores verificam as operações de dados e garantem que tudo permaneça consistente, enquanto os delegadores podem apoiar validadores confiáveis ao fazer staking de seus tokens.

Participantes do ecossistema 

Desenvolvedores 

Os desenvolvedores não só consomem dados para melhorar seus aplicativos, mas também os produzem ao criar manuscripts. Com o Kit de Desenvolvimento de Software (SDK) da Chainbase, os desenvolvedores podem:

  • Criar manuscripts para extrair e transformar dados para casos de uso do mundo real, como modelos de IA, painéis DeFi ou ferramentas de detecção de fraudes.

  • Acessar conjuntos de dados verificados e cross-chain para criar dApps mais inteligentes e rápidos.

  • Obter recompensas com base na frequência com que seus manuscripts são utilizados e no quanto eles contribuem para o ecossistema.

Operadores

Os operadores fornecem o poder computacional para a layer de execução da rede Chainbase. Eles desempenham um papel fundamental no processamento de manuscripts e na manutenção de fluxos eficientes de trabalho de dados em larga escala.

  • Eles operam a CVM para executar tarefas de dados e lidar com grandes volumes de informações.

  • Ao fazer restaking de ETH ou LSTs por meio do EigenLayer, eles adquirem a capacidade de participar do sistema de execução descentralizado da Chainbase.

  • Eles recebem recompensas em tokens, de acordo com o desempenho e a confiabilidade da sua infraestrutura.

Validadores

Os validadores são responsáveis por manter a integridade e a segurança da rede. Eles confirmam que todas as conversões de dados e transações são válidas e consistentes. 

  • Eles participam do processo de consenso da rede utilizando o sistema da CometBFT e o mecanismo DPoS.

  • Eles validam resultados de manuscripts, atualizam o estado da rede e ajudam a manter uma finalização rápida e tolerante a falhas.

  • Em troca, os validadores recebem recompensas por manter o sistema preciso, confiável e resistente a adulterações.

Delegadores

Os delegadores ajudam a proteger a rede ao fazer staking de seus tokens com validadores e operadores confiáveis. Mesmo não gerenciando a infraestrutura diretamente, seu suporte é essencial para a saúde e a descentralização do sistema.

  • Eles escolhem quem apoiar ao delegar seus tokens a validadores ou operadores de sua confiança, recebendo uma parte das recompensas geradas. 

  • Os delegadores também podem participar da governança, votando em atualizações do protocolo, propostas de financiamento e outras decisões importantes que definem o futuro da Chainbase.

Token C

O token C é o token de utilidade nativo do ecossistema da Chainbase. Ele é usado para diversas finalidades, incluindo:

  • Acesso ao conjunto de dados: o token C é usado para pagar pelo acesso a conjuntos de dados e pela execução de manuscripts na rede Chainbase.

  • Staking e segurança da rede: validadores e operadores precisam fazer staking de tokens C para contribuir com a manutenção da rede e dos fluxos de trabalho de processamento de dados. Os delegadores também podem fazer staking de seus tokens C para apoiar participantes confiáveis, ajudando a proteger o sistema e recebendo uma parte das recompensas em troca.

  • Governança: os holders de tokens C podem votar em decisões importantes do protocolo, incluindo atualizações, estruturas de incentivos e parâmetros do ecossistema, ajudando a orientar o futuro da Chainbase.

Para facilitar o acesso e uso da Chainbase, o token C foi lançado tanto na Base quanto na BNB Smart Chain (BSC). Ao oferecer suporte a múltiplas blockchains, a Chainbase busca ampliar seu alcance, proporcionando mais flexibilidade para usuários e desenvolvedores interagirem com o ecossistema.

Chainbase (C) no Binance HODLer Airdrops

Em 18 de julho de 2025, a Binance anunciou o C como o 28º projeto no Binance HODLer Airdrops. Os usuários que inscreveram seus BNB em produtos do Simple Earn de 6 a 9 de julho, se qualificaram para receber os airdrops de C. Um total de 20 milhões de tokens C foram alocados para o programa, representando 2% do fornecimento total de tokens.

O token C foi listado para trading na Binance com a Seed Tag, habilitando o trading com os pares USDT, USDC, BNB, FDUSD e TRY.

Considerações finais

Obter dados úteis de blockchains é difícil quando se lida com múltiplas redes e diferentes formatos de dados. A Chainbase foi projetada para facilitar esse processo, transformando dados fragmentados de blockchains em informações organizadas, estruturadas e prontas para uso.

Leituras adicionais

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