A tecnologia por trás das criptomoedas é a blockchain. Ela permite que todos na rede alcancem uns aos outros sem a necessidade de um terceiro para validar as transações.
O começo
A ideia por trás da tecnologia blockchain foi descrita no ano de 1991, quando os cientistas da computação Stuart Haber e W. Scott Stornetta introduziram uma solução computacionalmente prática para documentos digitais, uma vez que eles eram gerados com registro de data que não podiam ser adulterados.
Prova de trabalho reutilizável
O RPoW solucionou o problema do gasto duplo mantendo a propriedade dos tokens registrados em um servidor confiável e projetado para permitir que usuários em todo o mundo verificassem em tempo real os dados com exatidão e integridade.
O RPoW pode ser considerado como o protótipo inicial e um passo significante na história das criptomoedas.
Rede Bitcoin
No final de 2008, um white paper introduzindo um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer ou (par-a-par) descentralizado chamado Bitcoin foi postado em uma lista de discussão de criptografia por uma pessoa ou grupo usando o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
Com base no algoritmo de Proof of Work Hashcash, mas ao invés de utilizar uma função de computação confiável de hardware como o RPoW, a proteção de gasto duplo em Bitcoin foi fornecida por um protocolo peer-to-peer descentralizado para rastrear e verificar as transações. Em suma, os Bitcoins são “minerados” para gerar uma recompensa se utilizando do Proof of Work por mineiros individuais e depois verificados pelos nós descentralizados na rede.
Em 3 de janeiro de 2009, o Bitcoin ganhou vida quando o primeiro bloco de Bitcoin foi minerado por Satoshi Nakamoto, que foi recompensado com 50 Bitcoins. O primeiro destinatário a receber Bitcoins foi Hal Finney que recebeu 10 Bitcoins de Satoshi Nakamoto na primeira transação de bitcoin do mundo no dia 12 de janeiro de 2009.
Ethereum
Em 2013, Vitalik Buterin, um programador e co-fundador da Bitcoin Magazine, afirmou que o Bitcoin precisava de uma linguagem de script para a criação de aplicativos descentralizados. Não conseguindo obter um acordo na comunidade, Vitalik iniciou o desenvolvimento de uma nova plataforma de computação distribuída baseada na blockchain chamado Ethereum. A rede Ethereum apresentava uma nova funcionalidade chamada de Smart-Contracts(Contratos Inteligentes).
Smart-Contracts são programas ou scripts que são implementados e executados no blockchain do Ethereum, eles podem ser usados, por exemplo, para fazer uma transação se determinadas condições forem atendidas. Contratos inteligentes são escritos em linguagens de programação específicas e compilados em bytecode, onde uma máquina virtual completa de Turing nomeada de Virtual Ethereum Machine (EVM), pode então ler e executar os contratos.
Os desenvolvedores também podem criar e publicar aplicativos que são executados dentro do blockchain do Ethereum. Esses aplicativos são geralmente chamados de DApps (aplicativos descentralizados) e já existem centenas de DApps em execução no blockchain Ethereum, incluindo plataformas de mídia social, aplicativos de jogos de azar e trocas financeiras.
A moeda da rede Ethereum é chamada Ether, ela pode ser transferida entre contas e é utilizada para pagar as taxas de processamento computacional utilizado na execução de contratos inteligentes na rede.
Resumindo
Atualmente, a tecnologia blockchain vem ganhando muita atenção e vem sendo utilizada em uma variedade de aplicações, não limitadas a criptomoedas. Para mais informações sobre blockchain e outros tópicos interessantes, não se esqueça de assistir nossos outros vídeos na Binance Academy.
Notas